sábado, 19 de dezembro de 2015

Episódio 5: Mulheres do Mundo (ÚLTIMO)


Lucinda, a humilde do Peru

''O futuro é incerto, a vida é incerta, tudo é incerto. A única certeza da vida é a morte.''
Essas duas frases de Paulo Cuba, principalmente, a segunda, sofrem várias adaptações no universo virtual. A palavra certeza está bastante relacionada à palavra humildade que representa a verdade, pessoas francas, que reconhecem seus erros, ...
A história de hoje é de um formato diferente, que se inicia nos dias atuais, na época natalina, na qual Lucinda, uma mulher já na terceira idade, com seus 66 anos, mas com uma aparência de quase 70 devido ao grande número de fios de cabelos brancos e grisalhos prepara-se para a grande noite do mês de dezembro. No dia da ceia de Natal, na casa de Lucinda, em Lima (capital do Peru), todos os convidados estão curiosos com as histórias que dona Lucinda iria contar e ela escolheu um assunto muito importante: a história da vida dela.
Mas, mãe, essa história não é um pouquinho grande?! –  brinca Vicente, filho mais velho de Lucinda.
Meu filho, sempre eu conto pequenas histórias e na maioria das vezes elas são só de humor e hoje eu quero contar algo diferente: uma história de luta para sustentar você e sua irmã, Luana, que, como sempre, está atrasada. responde Lucinda.
Logo quando Lucinda fala da filha Luana, ela chega com seu marido, Guilherme.
Boa noite,pessoal! fala Luana educadamente.
Luana e seu marido se sentam à mesa de jantar preparada especialmente para a ocasião, já que raramente Lucinda come na mesa de jantar, pois mora sozinha e gosta de comer no seu quarto, mesmo sabendo que não é o ideal. Mas naquela noite de celebração do Natal, uma época de reunir a família e comemorar essa data tão especial, a família estava muito unida e ansiosa para o momento da contagem da história da vida de Lucinda. Estavam lá os filhos dela, Vicente e Luana, sua nora Thaís, seu genro Guilherme e seus netos: uma de sete anos (Laís) e o outro de dez (Davi Lucas), ambos filhos de Vicente. As crianças falavam:
Conta a história,vovó!
Está bom, crianças, irei contar,mas preciso que prestem atenção! avisa Lucinda.
Tá bom. respondem as crianças.
Lucinda começa  a sua história:
Essas histórias de hoje, talvez, eu nunca tenha contado pra ninguém e por isso, escolhi essa data especial, que é o Natal ,para contá-las. Eu vou começar com a minha infância de sofrimento,mas não chegava a ser miséria,porque tínhamos condições básicas de vida,porém não eram muito boas essas condições. Eu sempre quis ter filhos,mas meus pais não gostavam muito de mim e quase me deram para a adoção, e como eu era uma menina criada no campo, não sabia que as pessoas tinham o poder de destruir a vida dos outros,de matar e de fazer outras coisas que infelizmente acontecem.
Nesse momento,Lucinda bebe um copo d'água para se acalmar porque estava se emocionando com a sua própria história e passa pela sua cabeça uma espécie de ''flash-back'' sobre sua vida e ela narra tudo o que ''vê'':
A minha adolescência foi no campo cuidando de animais,fazendo faxinas,cuidando de crianças como babá e muitas outras coisas  para trazer sustento a minha família para pagar o tratamento de um irmão que tinha problemas mentais e que morreu no ano passado, como sabem.
As lágrimas correm novamente e ocorre uma pausa no momento de contar histórias e Vicente tenta ajudar a mãe:
Não precisa contar mais, mãe. Nós entendemos que a história é triste de se contar.
Eu não acho triste. É emocionante contar essa história do meu irmão. Eu amava demais ele.
Lucinda continua chorando,porém acha que o melhor é continuar a história para poder transmitir esse caso de amor para seus filhos e netos.
Então, continuando: a nossa vida foi de muita luta, batalha. Todos nós trabalhamos no campo desde muito pequenos.
Mas vó,porque a senhora não foi embora? perguntou a neta Laís.
Laís, na época da vovó, as crianças trabalhavam para ajudar nas despesas da casa. Na verdade, isso infelizmente ainda acontece atualmente, mas antigamente era bem mais comum. E eu quando completei dezoito anos, decidi partir da minha casa. O motivo não era porque não aguentava mais trabalhar e todo o meu dinheiro ir para o meu irmão Tobias, mas porque eu não tinha mais importância naquela casa. Ficava abandonada, sem atenção e aquilo me deixou muito triste e decidi ir pro Machu Picchu, para conhecer mais daquelas pessoas, os hippies, que ficavam lá e tinham uma vida diferente, porque muitas vezes fugiram de casa ou foram expulsos. –  narrou Lucinda.
Mas vó,lá no Machu Picchu não é frio? - pergunta o neto Davi Lucas.
Não é frio não. É muito frio, quase fiquei congelada e o principal problema é que eu não tinha muitas roupas de frio, mas eu arrumei umas roupas com umas pessoas que lá conheci. Mas como estava falando: meus dias naquele lugar foram inesquecíveis e muito marcantes,porque eu me tornei mais livre e conheci a trajetória das pessoas que sofreram muito com os rumos das vidas delas e estavam lá. Essa viagem também me deixou mais feliz e mais humilde. Eu sempre fui humilde, não me importo muito com bens materiais e sempre digo a verdade, acima de tudo. Quando eu voltei dessa viagem de uns vinte dias,minha mãe estava quase morrendo e eu tive que ser humilde,simples e verdadeira para ajudá-la no tratamento de uma doença rara. Infelizmente ela se foi,mas eu não fico me perguntando ''por que isso foi acontecer logo comigo?'' ou ''o que eu fiz para merecer isso?'' ,não,eu encaro o problema de cara e dou um jeito de resolvê-lo. Como vocês sabem, meu pai também morreu, mas foi uma morte menos sofrida,pois ele foi dormir e não acordou mais,já meu irmão Tobias foi para o andar de cima por causa de um enfarte.  conta Lucinda emocionada.
Vó, porque a senhora só usa essas roupas de velho e feias? pergunta Laís.
Laís, que é isso, menina?! Não se pode falar assim com sua avó!  briga Thaís.
Deixa quieto isso, Thaís. Ela é ainda uma criança.  comenta Lucinda.
Mas, mãe, deve-se aprender com os erros. fala Vicente.
Nesse aspecto eu concordo com você,meu filho. Eu aprendi com muitos erros que cometi. E respondendo a sua pergunta,minha neta Laís: eu uso essas roupas porque não gosto de luxo. Eu aprendi isso com meus pais e com a minha viagem em Machu Picchu. Eu sei que os seus pais e seus tios têm uma boa quantidade de dinheiro porque trabalham duro, assim como eu fazia, não agora porque me aposentei,mas eu também sei que vocês podem me dar boas roupas,mas,como eu disse,gosto de ser simples,como meus pais. revela a matriarca da família.
Então agora podemos começar a nossa ceia? pergunta Luana,filha de Lucinda.
Eu vou pegar as travessas! Alguém me ajuda? pergunta Lucinda.
Deixa que eu,o Vicente,a Thaís e Luana pegamos. Fique sentada aqui mesmo com as crianças! fala o genro de Lucinda, Guilherme.
Luana e seu marido e Vicente e sua esposa levam as comidas para  a mesa da ceia e a ceia com vários pratos especiais que são preparados para o Natal no Peru foram feitos,inclusive o peru natalino. A ceia ocorreu como o planejado,as comidas estavam ótimas,tudo feito por dona Lucinda,também mestra na cozinha. No final da noite,ela contou sobre o nascimento dos filhos:
O Vicente nasceu de um amor com um homem simples,assim como eu. Ele era cantor em um barzinho simples aqui do Peru,porém ele morreu num acidente de carro. Já o pai da Luana era um policial que me encantou muito,ele me amava demais e infelizmente morreu antes mesmo da filha nascer,durante uma troca de tiros com criminosos e traficantes. Mas agora vamos falar de mais coisa boa: vocês,meu genro e minha nora,que aturam meus filhos,que amo muito. E vocês meus netos,eu gosto muito de vocês dois!
Todos abraçam e beijam dona Lucinda. Antes de todos saírem da casa de dona Lucinda,são distribuídos os presentes de Natal e todos gostam quando a pequena Laís fala:
Vó,eu gostei muito da sua história,você é minha heroína,minha Lucinda, a humilde do Peru.


Parte 2: Oitavo Andar

                    Olha, eles chegaram. - Disse Clarice, voltando o olhar para a sala e convidados.
O novo casal enfim chegou até o apartamento, depositaram as bolsas de gelo, e voltaram para a sala como se nada tivesse acontecido. Porém, Clarice havia esfriado. Estava, todavia calma, e risonha. Mas por dentro uma fera indomável. - Alguém está com fome? - Perguntou para esquivar-se do beijo de Gerardo iria lhe dar.
Como faltava muito pouco para as 00h, todos se sentaram a mesa e iniciaram a ceia. Um maravilhoso estrogonofe de camarão fazia parte do cardápio. Muito suco e espumante também estavam presentes sobre a mesa. De sobremesa, uma deliciosa torta de amora, que chamava atenção.
Assim que terminaram de jantar, por volta de uma da manhã, e conversarem um pouco mais. Maiorias dos convidados se foram, era momento de iniciar-se a limpeza. A última convidada e por sinal outra grande melhor amiga de Clarice, ficou alguns minutos a mais.

                    Gera, Andrea, vou descer com a Manoela até o hall. Não demoro! - Disse fechando a porta. Já sabendo do que iria encontrar ao voltar, ela desceu tranquila e parecia que nada acontecia. Por volta de 1h40 da manhã, o táxi para a amiga chegou, assim, ela voltou para o apartamento. Antes de entrar respirou fundo, contou até dez e entrou. Surpresa! Sim, no sofá da sala, estavam Andrea e Gerardo em calientes beijos.

Assustados com a presença de Clarice no local, eles tentaram ainda disfarçar. Porém...

                    Não, sério! - Ela desviou o olhar e seguiu para a cozinha – Não parem por minha causa, por favor!
                    Eu posso explicar! - Disse Gerardo, nervoso e se recompondo. - Não é bem o que parece.
                    Aham... - Ironizou – Aliás, tá faltando batata frita e chocolate. Amanhã quero comer e não pode faltar. Não esquece de comprar! - Respondeu Clarice na cozinha.
Tensos, Gerardo e Andrea não paravam de se olhar. Era como se Clarice tivesse aceitado, mas as coisas mudaram. Clarice estava de volta a sala. Apoiou-se na janela, e pela primeira vez, fumou um Marlboro. Não dizia nada, apenas observava pela janela. Olha! Alguém passava por ali numa bicicleta, deveria ser alguém voltando pra casa após uma longa noite de trabalho no natal. A campa da bicicleta pedia passagem para o vazio da rua.
                    Clar, não fica chateada comigo. - Andrea aproximou-se da janela. - Foi impulso do momento, não deveria ter acontecido.
Clarice voltou a tragar o cigarro e, soltou toda fumaça de forma leve. E lá se ia todo ódio pela fumaça janela a fora.
                    Talvez, você me ache uma tonta, uma loser... - Clarice sorriu. - Mas, não sou tão boba assim... Duas vezes, que eu vi, em uma noite. Acha mesmo que... “Foi por impulso”? Clarice caminhou até Gerardo, que estava cabisbaixo no sofá, apenas ouvindo. - Impulso... Amor, você conseguiu comprar seu gelinho?

Gerardo olhou-a aflito. Parecia querer cavar naquele momento um buraco e sumir!
                    Me desculpa. - Era tudo o que ele sabia dizer.
                    Amor, você comprou gelo? - Clarice aproximou-se e quedou frente ao rapaz. – Acho que você precisará dele agora! – Sem muita piedade, ela apagou o cigarro no rosto de Gerardo.
O rapaz parecia não acreditar, e um forte grito foi solto no local. Era incrível como um cigarro poderia causar tanta dor numa pessoa!

- AAU!  - Gritou – O que você fez sua louca? – Gerardo estava em pânico, e correu para a cozinha na tentativa de amenizar a dor com água ou algo que viesse a sua frente.
- Tá doida!? – Andrea partiu para a ignorância, e as duas iniciaram uma batalha longa... Quase que um “Jogo dos tronos” ou até uma espécie de “Jogos Vorazes”! Nunca se sabe quando se trata de briga de mulher, tudo vira arma. As duas pareciam estar grudadas, nada as soltava. Mesa de centro caiu, sofá foi longe, cadeira parecia ser de papel... E os cabelos? Ah... Estes pareciam que haviam sido eletrocutados.  Tapas iam e vinham, e Gerardo, bom... Apareceu quase vinte e cinco minutos depois.

- Parem! – Gerardo parecia perdido em meio aquela confusão. Ele se enfiou entre as duas lobas, e pumba! Conseguiu separa-las por alguns segundos.

Mas, quando anda poderia piorar, Clarice parte para o ataque e novamente se enrosca com Andrea, parecia interminável a confusão. Clarice sem perceber – talvez, se aproximou da janela. E, como se estivesse empurrando uma boneca de pano, arremessou entre unhadas e tapas na cara, Andrea andar a baixo. Como por reflexo, Gerardo se jogou janela abaixo para tentar salvar Andrea. Ele não pensou duas vezes, a cena parecia câmera lenta. Apenas olhando para frente, como se tivesse um ponto fixo, Clarice derramou algumas lágrimas, mas, lentamente virou-se em direção a cozinha.
Ela entoava uma canção em voz baixa, quase inaudível.

- “Mas e se a gente separa? Se a gente para e se parara... Para que se a gente para, o mundo acabou!” – Era uma melodia que a deixava tranquila, mas nervosa ao mesmo tempo. Ao chegar à cozinha, buscou uma embalagem dentro de uma das gavetas do armário. Abriu-a e despejou aquele pozinho escuro por cima de uma deliciosa torta de amora – ou que sobrara em cima da mesa. Ela voltou à sala com – talvez, duas fatias daquela torta. Ainda sem acreditar muito, voltou a olhar pela janela. No chão, dois corpos juntinhos no asfalto. Quase que coladinhos. Geleia de morango havia em quantidade demasiada no chão, estão ali Gerardo e Andrea.  Clarice havia jogado parte da torta com geleia de morango em cima dos corpos. Era perceptível o estado de loucura da grota, mas algo estava errado. Chorando ao lado de Andrea estava Gerardo, inconsolado. Façamos uma volta nas penúltimas cenas...

- Parem! – Gerardo parecia perdido em meio aquela confusão. Ele se enfiou entre as duas lobas, e pumba! Conseguiu separa-las por alguns segundos.

Mas, quando anda poderia piorar, Clarice parte para o ataque e novamente se enrosca com Andrea, parecia interminável a confusão. Clarice sem perceber – talvez, se aproximou da janela. E, como se estivesse empurrando uma boneca de pano, arremessou entre unhadas e tapas na cara, Andrea andar a baixo. O nervosismo de Clar, a fez com que visse uma cena ao invés de outra. Em sua mente, viu por reflexo, Gerardo jogando-se janela abaixo para tentar salvar Andrea. Ele aproximou-se na verdade da janela. Fitou os olhos lacrimosos em sua amada, sim, Clarice e saiu correndo pelo corredor vazio do Edifício Pascoal. Desceu as escadarias e foi de encontro na rua vazia com o corpo de Andrea, todo torto no chão. Voltando para o apartamento 312...

Caída ao chão, está Clarice, que com um peso enorme na consciência, envenenou seu prato preferido. Ao seu lado: Uma fatia de torta de amora, um garfo largado no chão e uma faca, com geleia de morango.

                    Amor, amor... - Sussurrava a jovem com cabelos castanhos e pele clara, mantendo-se de olhos fechados. O vento que entrava pela janela, fazia com que a cortina flutuasse.
Clarice tomou forças, mesmo envenenando-se aos poucos. Levantou-se e olhou pela janela a rua escura e sem movimento. - Era pra sermos você e eu! – exclamou. Sobre o efeito do veneno, Clarice apagou e do oitavo andar, caia como um meteoro. Noite triste. Nada feliz, a geleia virara sangue em segundos, e um amor perdido por conta de um oitavo andar.
Loucura? Não... Apenas coisas de amantes de amoras. Sabe... Quem enxerga além de si, não enxerga a si mesmo.





Episódio 4: Encontro Marcado (ÚLTIMO)

Episódio 4 – ACERTO DE CONTAS

25 de Dezembro de 2015 – 08:45 – manhã
O episódio final começa com um corpo, ainda não identificado, sendo ensacado por peritos do IML. A cena se passa fora da mansão. Em seguida a detetive Lúcia caminha com a mão sobre um ferimento de bala, ainda sangrando. Fontes está deitado em uma maca com os olhos fechados. Alguns paramédicos cuidam dele. Dentro da mansão, vemos as coisas jogadas pelo chão, sangue e estilhaços de vidros. Leila ao lado dos policiais Ferreira e Souza. Ambos estão anotando algo. Danilo abraçado com Eloísa. Edgar e Caíque ao lado de Leinha, que enxuga as lágrimas do rosto. Helena fumando um cigarro. Demétrio arrumando uma mala. Berenice olhando a foto dos três filhos, no seu quarto.

Duas horas antes...
Depois das reviravoltas, dos segredos revelados, e do fato de ter um assassino a solta nos arredores da mansão, Fontes e Lúcia reuniram todos, os que estavam na mansão, na sala principal. Exceção dos primos, Caíque, Edgar, Eloísa, Leinha e Danilo, que estavam sob a mira do revólver de Teobaldo.
            - Um assassino? Aqui dentro? – Pergunta Berenice.
            - Assassinou um dos seguranças na entrada. – Fala Lúcia.
            - Certamente deve ser o mesmo que assassinou o meu irmão. – Diz Magda.
            - Talvez. – Fala Fontes.
Mara, mulher do deputado Pablo, se aproxima dele.
            - Precisamos conversar sobre o que aconteceu.
            - Não. Não precisamos conversar nada. Depois daqui eu te falo o que decidi.
Pablo se afasta. Castro olha para ela e em seguida segue o deputado para outro lado da mansão.
De repente vemos Caíque, Edgar, Eloísa e Danilo descendo a escada. Logo atrás, Leinha vem sendo mantida sob a mira da arma de Teobaldo. Pânico total. Helena se desespera ao ver a filha como refém.
            - Largue a arma! – Fala Fontes apontando o revólver para Teobaldo.
            - Eu acho melhor você abaixar a sua, ou a mocinha aqui vai pro andar de cima. – Fala Teobaldo.
            - Pelo amor de Deus, largue sua arma ou ele vai matar minha filha. – roga Helena para Fontes.
Fontes olha para Lúcia, que faz sinal para ele largar, pois ela tem a arma dela, e vai aguardar a hora certa para agir. Fontes joga o revólver no chão e se afasta, com as mãos para o alto.
            - Ótimo! Agora vamos todos se sentar.
Todos os presentes na sala se acomodam como podem. Teobaldo continua com a arma em Leinha, que está em pânico.
            - A grande família Abrazacks. Dona de um império da aviação. Prestígio e riqueza. Tudo isso servindo de máscara para as atrocidades e injustiças que cometem com os que não tem o mesmo prestígio social. – Fala Teobaldo.
            - Olha rapaz, - fala Demétrio - se o que você quer é dinheiro...
            - Dinheiro? Dinheiro e dinheiro... Para vocês tudo é dinheiro... Só porque entrei aqui com uma arma vocês já acham que eu vim atrás de dinheiro.
            - E veio atrás de quê? – Pergunta Berenice.
Teobaldo atira Leinha no chão e aponta sua arma para Berenice.
            - A grande matriarca. Acho que vou começar por você.
Lúcia olha para Fontes, que faz sinal para ela aguardar mais um pouco. Leinha corre e abraça Helena.
            - Quer mesmo saber o motivo que me trouxe até a aqui. – pergunta Teobaldo – Eu vou lhes contar.
Há uma certa tensão nesse momento. Algo estava para vir e os efeitos poderiam ser devastadores.

Vamos voltar ao ano de 1988... O ano em que a Abrazacks Airline despontou no cenário econômico. Uma conquista inédita para a história da aviação brasileira. Um homem foi responsável por essa alavancagem: Frederico Pontes Serra.
Ele era o diretor geral da empresa. Naquele ano a Abrazacks faturou muito dinheiro, e quando se ganha muito dinheiro, é como uma carniça: os urubus caem em cima. Começaram muitos desvios de recursos para o exterior. As contas começaram a se perder. Uma auditoria interna foi realizada e os desvios logo vieram a tona. Mas como sempre, alguém tem que pagar no lugar dos verdadeiros culpados. Frederico foi acusado de ser o mentor chefe do esquema de desvio e foi processado, demitido e teve sua vida arruinada do dia para a noite.
Não suportando viver com os dedos acusadores apontados para ele em todos os veículos de comunicação, ele acabou cometendo suicídio. Deu um tiro na boca. Foi encontrado pelo seu filho dentro do banheiro, quando chegou da escola.
Esse filho era eu... Vi meu pai ser consumido pela sujeira dos Abrazacks e jurei que um dia vingaria sua dor.

            - Vingança? Então é isso. Veio até aqui matar minha família por causa do seu pai? – Pergunta Berenice.
            - Exatamente! – Afirma Teobaldo.
            - E matou o meu filho primeiro.
Teobaldo reflete um momento e fixa os olhos em Berenice.
            - Infelizmente alguém fez isso por mim.
            - E você sabe que foi? – rebate Fontes, interessado.
            - Calminha aí policial. Eu vou contar tudo. A família Abrazacks fez um pacto com o diabo e nem desconfiou.
            - Do que você está falando? – Pergunta Berenice.
Então Teobaldo lembra...

Há cinco dias atrás eu estava no presídio de segurança máxima. Claro, fui colocado lá por Rodolfo Abrazacks. Eles havia descoberto minhas intenções de vingança e arrumou um meio de me deter.
Nesse dia eu recebi uma visita inesperada. Uma mulher. Elegante, logo vi que era rica. Essa mulher me fez uma proposta tentadora. Ela tinha um desafeto e queria muito se livrar dele. Quando ela revelou o nome do desafeto, senti um gosto amargo na minha boca. Brilhou a oportunidade de ouro que eu tanto esperei. Ela queria que eu assassinasse Rodolfo Abrazacks, em troca de muito dinheiro, um passaporte falso e uma vida longe daqui. Eu aceitei, é claro.

            - Mas e quem era essa mulher? Pergunta Fontes.

Essa mulher era desconhecida para mim até então. Mas não demorou muito para que eu descobrisse o nome dela. Ela realmente tinha influência. Arrumou todo o esquema de fuga e eu me vi livre. Uma vez fora do presídio eu logo pensei em fugir do país sem executar o plano da madame. Foi quando ela me procurou de novo e eu disse que não faria mais o serviço. Ela ficou furiosa é claro. Mas me deu uma cópia da chave que abre o portão principal da casa. Disse que teria uma oportunidade única de me vingar na noite da ceia de natal da família.
A tentação foi grande. Foi aí que brilhou a idéia. Uma vez dentro da mansão Abrazacks eu mataria não só Rodolfo, mas toda a família.
Foi quando cheguei aqui. Entrei na mansão e caminhei em direção a entrada da casa, até que vi dois homens entrando em um anexo do outro lado do jardim. Conheci Rodolfo de longe. Fui atrás, pois imaginei a oportunidade perfeita de matar ele. Esperei alguns minutos para ver se ele saia. Como não saiu, resolvi entrar no anexo e consegui ver o momento exato em que a mesma mulher que havia me contratado, desferia golpes no corpo de Rodolfo. Quando acabou, ela saiu, deixando seu o mesmo homem que eu havia visto com Rodolfo minutos antes, para cuidar da cena do crime.

            - Então foi uma mulher que matou? Mas e quem é ela? – Pergunta Fontes, já impaciente.
Antes de falar o nome da assassina, Tebaldo leva um tiro na cabeça. Todos se assustam. Ele cai no chão já em estado de óbito. Todo se viram e vêem Magda com um revólver nas mãos. Ela mira em Fontes e atira, acertando o lado esquerdo de sua barriga. Todos se protegem. Lúcia de imediato reage e atira contra Magda, mas não sem antes ser atingida de raspão no braço por outro disparo realizado pela assassina.
Magda, ao ser baleada, cai no chão no mesmo instante. Ali acabava o mistério.

25 de Dezembro de 2015 – 08:45 – manhã
Lúcia caminha até a ambulância em que Fontes estava sendo atendido. Ele abre os olhos.
            - Não foi dessa vez detetive. – Fala ele sorrindo para Lúcia.
            - Certamente, delegado.
            - E a assassina?
Lúcia olha para o corpo sendo ensacado pelos peritos do IML.
            - Está sendo recolhido, junto com o do atirador.
            - Então fechamos o caso.
            - Certamente. Magda e seu comparsa tramaram tudo.
            - E onde está o comparsa dela?
            - Ali.
Magda aponta para Sérgio sendo levado algemado por Souza para dentro do carro da polícia.
            - Depois dessa acho que vou precisar de um descanso.
            - Também concordo! – Lúcia sorri para Fontes.

. . . . . . .
Berenice, em seu quarto, olha a foto dos três filhos abraçados. Calista entra no quarto.
            - A senhora deseja alguma coisa?
            - Ah, Calista. O que eu realmente desejo é impossível de ser adquirido. Eu queria poder voltar atrás e mudar tudo isso. – Berenice coloca a foto sobre a cômoda ao lado da cama – Mas eu não posso. Falhei como mãe. Não consegui dar amor aos meus filhos e os condenei a este fim trágico.
            - Não se culpe desta forma. Às vezes certas coisas acontecem porque tinham que ser desta forma.
            - Você realmente acredita nisso?
Magda dá um abraço em Berenice e depois segura em suas mãos.
            - Eu acredito que nenhuma folha cai de uma árvore sem que o criador assim permita. Agora procure descansar. Deixa que eu cuido d tudo.
            - Obrigada, Calista. Você é uma grande amiga.
Ambas sorriem uma para a outra. Calista se retira do quarto e Berenice deita na cama.
. . . . . . . . .
Leila estava terminando de se arrumar. Roupa preta, de luto pelo marido. Demétrio entra no quarto de surpresa.
            - Demétrio? Esqueceu de bater na porta antes de entrar?
            - Perdão. A porta estava aberta. Mas serei breve.
            - Ótimo. Então diga.
            - Depois de tudo isso que aconteceu certamente o conselho vai se reunir essa semana. Vão indicar o sucessor na presidência da empresa. Como meus dois irmãos estão mortos, certamente eu assumirei. Só preciso saber se terei seu apoio.
Leila fixa os olhos em Demétrio e abre um sorriso.
            - O meu marido foi assassinado a menos de vinte e quatro horas. Sua irmã morreu em menos de três horas, e você vem falar sobre a empresa. Definitivamente estou surpreso com o final dessa história.
            - Os negócios não têm hora, minha cara. O futuro da Abrazacks depende mais do que nunca de um líder. Eu serei esse líder.
            - Então se farte dessa liderança e pare de me amolar com essa conversa de doente. Sai do meu quarto.
Demétrio assente com a cabeça e se retira.
. . . . . . . .

O velório de Rodolfo e Magda ocorreu um dia depois dos assassinatos. Familiares e amigos se fizeram presentes. Pouco tempo depois, por unanimidade, Demétrio tomou posse da presidência da empresa Abrazacks.
A mansão da família foi vendida e Berenice se mudou para Londres, a fim de esquecer todo o horror vivido naquela trágica noite de Natal. Calista acompanhou sua patroa.
Leila assumiu seu envolvimento com Gonzales, o médico da família e mesmo a contra gosto dos filhos, Edgar e Eloísa, ela teve o apoio de Caíque, que ainda continuou com a idéia de localizar seus verdadeiros pais.
A jornalista Vivian Pedroso, escreveu os relatos ocorridos na noite dos crimes da mansão e publicou um livro que se tornou famoso mundialmente. Foi processada por Demétrio, mas obteve vitória na última instância.
O deputado Pablo Benfica, utilizou a tragédia da mansão Abrazacks para se promover politicamente. Abandonou sua mulher Mara na rua da amargura e começou a se relacionar secretamente com Leinha, filha de Demétrio.

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03 de Março de 2016 – 09:35 – manhã
Presídio de segurança máxima do Rio de Janeiro. Em meio aos detentos, um policial caminha até uma cela e avisa para Sérgio que ele tem uma visita. Ele, surpreso com a notícia, logo se encaminha para a salinha reservada. Ao entrar na sala, se depara com Helena.
            - Você! – Diz Sérgio, surpreso.
            - Como vai Sérgio?
            - O que está fazendo aqui?
Helena faz sinal para ele se sentar na cadeira. Sérgio senta.
            - Vim ver como você estava. Queria saber como está lidando com tudo isso. Deve ser difícil decair tanto assim. Para quem estava acostumado com a vida regada a luxo de Moscou, isso aqui deve ser um inferno.
            - Sem joguinhos. Eu não acredito em nada do que falam de mim. Eu não fui cúmplice da Magda no assassinato do seu irmão e muito menos acredito que ela tenha feito isso. Ela atirou naquele maníaco naquela noite porque se sentiu ameaçada.
            - Pobrezinho. Ainda acredita na áurea de anjo da minha ex-cunhada, que Deus a tenha.
Helena se levanta e caminha até Sérgio, abaixando-se até o ouvido dele.
            - Boa sorte querido. E seja mais esperto aqui dentro.
Helena se dirige até a saída e o guarda abre a porta da sala.
            - Espera! – Fala Sérgio para Helena.
Helena se vira pra ele.
            - Não foi a Magda! Meu Deus... foi você!
Helena abre um sorriso e coloca o óculos no rosto. Em seguida ela sai da sala.
            - Ela matou o Demétrio. Foi ela.
Sérgio fica repetindo essas frase por um longo tempo.
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Fora do presídio, Helena entra em seu carro e coloca as mãos no volante... Em seguida ela abre um sorriso e liga o carro.

25 de Dezembro de 2015 – 00:15 – noite
Rodolfo caminha acompanhado de Brito (segurança que foi encontrado morto no episódio três). Eles entram na casa da piscina.
            - Tem certeza de que era mesmo o Teobaldo? – Pergunta Rodolfo.
            - Sim senhor! Ele estava rondando por aqui. – Fala Brito.
De repente Rodolfo recebe um golpe na cabeça e cai no chão. Helena surge com um taco nas mãos.
            - Tire as roupas dele e o amarre na cadeira.
Minutos depois, Rodolfo acorda com uma salpicada de água em seu rosto. Helena está a sua frente.
            - Helena? O que está acontecendo aqui?
            - Bem vindo ao seu inferno, cunhadinho.
            - Mas por quê?
Helena abre um sorriso.
            - E você ainda me pergunta? Seu tirano miserável. O controle da Abrazacks tem que ser do meu marido. Eu cansei de ver suas humilhações para com ele. É injusto.  
            - Você não vai sair livre dessa.
            - Isso é o que você pensa.
Helena coloca a mordaça na boca de Rodolfo e começa a golpear ele, que se recontorse de dor a cada punhalada.
Após ter certeza da morte dele, Helena limpa o punhal com um lenço coloca tudo dentro da bolsa.
            - Agora se livre do corpo e limpe tudo. Vou me certificar de que ninguém entre aqui até você acabar.
            - Pode deixar, senhora. – Fala Brito.
Helena cospe em Rodolfo e depois sai. Brito fica olhando o corpo de Rodolfo e ouve um barulho. Ele saca a arma e vai checar o que aconteceu.
            - Quem está aí? Helena?
Era Teobaldo, que assistira a tudo escondido. Antes de Brito chegar até ele, Teobaldo o surpreende e atira em sua testa. Brito cai no chão. Teobaldo pega o revólver dele e depois arrasta seu corpo para outro local.

Minutos depois, Mariana, empregada da mansão, entra na casa da piscina com algumas toalhas. Depois de guardá-las em um armário, a mulher se assusta ao deparar com a cena do assassinato.

FIM









Capítulo 5: Essência da vida (ÚLTIMO)

CAPÍTULO 5 - ÚLTIMO CAPÍTULO

INT. - AGÊNCIA DE ESTELA - NOITE.

Fernanda e Fred abre o cofre e encontram joias e dolares.

FERNANDA
(Cheira o dinheiro)

Não disse que a mulher era cheia da grana, agora vamos poder fazer o que quisermos e nem precisei colocar você para trabalhar aqui, viu meu lindo!

FRED

É mais não foi tão fácil como pensamos que seria, mas o importante é que deu tudo certo.

FERNANDA

Eu só vou ficar tranquila depois que sairmos do Brasil, por enquanto o nosso plano só está começando.

FRED

Deixa eu limpar as nossas digitais para irmos embora o mais rápido possível daqui.
                       CORTA PARA:

INT. - HOSPITAL PARTICULAR - DIA.

Vívian, Luana e Estela conversam.

VÍVIAN

Eu consegui um doador para o meu filho, ele é um amigo de muitos anos.

LUANA

E cadê esse amigo, Vívian?

VÍVIAN

Ele irá doar, mas será como doador anônimo, então vocês não poderão saber jamais quem é essa alma boa que vai salvar a vida do meu filho.

LUANA

O importante é que ele salve a vida do meu marido. Mas e o nome podemos saber? Já que não podemos agradecê-lo pessoalmente, contudo sabendo o nome eu vou poder rezar sempre por ele em agradecimento.

VÍVIAN
(Cala-se por alguns instante)

ESTELA

Algum problema em saber o nome dele, Vívian?

VÍVIAN

Não é lógico que não, ele chama-se Evandro, mas é só isso o que eu posso dizer. Agora preciso que vocês não voltem mais até tudo se resolver.

ESTELA

Espero que tudo de certo.

LUANA

Vai dar certo, eu tenho fé em Deus.
                      CORTA PARA:

DOIS DIAS DEPOIS

INT. - HOSPITAL PARTICULAR - QUARTO - PELA MANHÃ.

Vívian leva Eduardo para conhecer a pessoa que ele irá doar sangue, Eduardo adentra o quarto e tem uma surpresa.

EDUARDO

Não, não pode ser!

VÍVIAN

Ele é seu irmão, meu filho, seu irmão gêmeo.

EDUARDO

Como assim meu irmão gêmeo? Eu não sou filho único?

VÍVIAN

Na verdade eu tive dois filhos, mas seu falecido pai obrigou-me a abrir mão de um deles e foi o seu irmão Evandro.

EDUARDO

É por isso que a senhora pediu para eu usar o nome Evandro aqui no hospital na hora de fazer o cadastro?

VÍVIAN

Sim, perdoa-me Edu. Quando você foi preso injustamente eu tive que investigar quem havia implantado aquelas drogas na floricultura e quando dei de cara com o seu irmão ele me ameaçou e fui obrigada a mentir para todos e deixar que ele ocupasse o teu lugar e naquele mesmo dia para ninguém desconfiar ele voltou para casa de madrugada e se passou por você, pois se não ele iria te acusar de mais crimes e você jamais iria sair da prisão e eu tive que me calar.

EDUARDO

Eu passei dez anos atrás da grades e paguei por um crime que não cometi e a senhora quer que eu salve a vida da pessoa que destruiu a minha?

VÍVIAN

Eu não discordo de você, mas ele é seu irmão e quer queira ou não ele cuidou muito bem da Luana e de sua filha, Laurita.

EDUARDO

Minha filha já está com dez anos e eu nem a conheço. Tudo isso por uma vingança do meu próprio irmão que eu nem sabia que existia, e as cartas que eu escrevia para a Luana o que aconteceu com elas?

VÍVIAN

Eu as recebia e entregava ao seu irmão e ele com certeza as queimava, mas por favor, Eduardo meu filho! Salve a vida do seu irmão! Ele fez tudo o que fez por achar que eu o tivesse abandonado por um capricho, mas ele é bom assim como você e passou por muitos sofrimentos na vida.
                      CORTA PARA:


DOIS DIAS DEPOIS
INT. - CASA DE LUANA - SALA DE ESTARR - NOITE.

Eduardo, Luana, Estela, Laurita e Vívian jantam comemorando a recuperação de Edu.

LUANA

Eu nem sei como agradecer a pessoa com alma de anjo que doou sangue para você meu amor, ele salvou a sua vida e a felicidade da nossa família.

EDUARDO
(Com barba grande)

Ele realmente tem uma alma de anjo.

LAURITA

Você está diferente, papai!

ESTELA

Eu também acho, sabe Edu você parece ser aquele de quando a Laurita era bebê, você está mais leve e não parece estar mais preocupado com alguma coisa, incluindo sua barba que cresceu rápido e a cor dos seus cabelos mais escuros.

VÍVIAN

Ele está feliz por ter revivido, não é mesmo meu filho amado?

EDUARDO

Deve ser porque descobri que a essência da vida é perdoar.
                    CORTA PARA:

EXT. PONTO DE TÁXI - NOITE.

Fernanda e Fred esperam a chegada de um táxi, mas antes deles conseguirem os policiais chegam e os surpreendem tentando fugir.

CAMILA
(Aponta a arma)

Parados aí vocês dois.

FRED

Ih ferrou, Fê!

VITOR

Vocês estão presos por furtar a agência da senhora Estela.

Os policiais algemam Fernanda e Fred e o direcionam até a viatura.
                       CORTA PARA:

EXT. - PONTE DA CIDADE - À TARDE.

Eduardo, Luana e Laurita armam um pic-nic no meio da ponte.

LUANA

Será aonde está a pessoa que te doou sangue?

LAURITA

Ele deve ter indo embora, pois ele não queria que as pessoas soubesse quem ele era, mas não importa, pois o meu papai está de volta.

EDUARDO
(Abraça as duas, sorri e fala em pensamento)

O homem de alma de anjo que doou sangue está bem aqui com vocês minhas vidas e nunca mais irei deixar vocês novamente, mas o outro se arrenpedeu de todo mal causado à mim e fez a coisa certa agora.
(The xx - TOGETHER)

FADE OUT

FIM