sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Capítulo 3: Encontro Marcado

Episódio 3 – O NINHO DA SERPENTE

24 de Dezembro de 2015 – 13:45 – tarde
No jardim da mansão Abrazacks, Rodolfo estava reunido com o chefe de segurança da mansão, Raul, e o outro segurança particular, Brito. Era um diálogo tenso. Algo havia acontecido.
            - Vigiem cada canto dessa mansão. Teobaldo é um homem perigoso. Muito esperto e estrategista. Todo cuidado é pouco. – Fala Rodolfo.
            - Eu não entendo como um homem consegue fugir de um presídio de segurança máxima. – Fala Raul.
            - Eu não acredito que essa fuga seja uma simples falha no sistema. Há algo mais nessa história. Muita gente sabe que Teobaldo quer as cabeças dessa família em uma bandeja.
            - O patrão acha que alguém o ajudou a escapar? – Pergunta Brito.
            - Eu tenho certeza! Só resta saber quem.
Rodolfo caminha alguns passos, olhando em volta.
            - Mas eu vou descobrir o que está acontecendo e já. Enquanto isso, fiquem alerta.
            - Pode deixar, Patrão. – Fala Raul.
Rodolfo se afasta. Raul e Brito se olham como se tramasse alguma coisa. Um misto de mistério e conspiração.

25 de Dezembro de 2015 – 04:59 da madrugada
O inspetor Fontes e sua colega de trabalho, Lúcia, reuniram as seguintes pessoas no escritório da mansão:
Demétrio, Helena, Leila, Berenice, Magda, acompanhado de seu namorado Sérgio.
Vivian, a jornalista, e Alessandra, amiga de Berenice, escutavam atrás da porta.
Todos os presentes estavam curiosos para saber do que se tratava aquela reunião familiar. Teriam os detetives descoberto o assassino?
            - Qual o motivo dessa reunião familiar delegado? – Pergunta Leila.
            - Temos algumas coisas para discutir. – Fala Fontes.
            - Coisas? E que tipo de coisas? – Pergunta Magda.
            - Coisas relacionadas ao relacionamento da família e alguns pontos interessantes encontrados no computador pessoal da vítima. – Fala Lúcia.
Demétrio e Magda se olham.
            - E que tipo de coisas os senhores encontraram? – Pergunta Berenice.
            - Inspetora Lúcia, tenha a bondade de começar. – Fala Fontes.
Lúcia coloca os óculos de leitura e começa a analisar a tela do leptope.

“Demétrio acha que pode tomar o controle da empresa das minhas mãos. Papai deixou bem claro no testamento, a quem pertencia esse controle. Embora ele tente mil coisas para me tirar da presidência da empresa, ele jamais conseguirá. É preciso muito mais do que chantagens ou ameaças.”
            - Espere um pouco – Interrompe Demétrio tomado de fúria – Vocês estão achando mesmo que eu fiz isso? É isso mesmo?
            - Por favor, peço que sente-se e escute. – Fala Lúcia.
            - Isso é um absurdo. – Esbraveja Demétrio enquanto se senta.
            - Acalme-se meu amor. Vamos ouvir. – Fala Helena.

“Magda. Tão ausente quanto o corpo enterrado de nosso falecido pai. Sempre esteve de olho nos lucros da empresa, sem ao menos saber o que significa comandá-la. Ganha uma quantia para ficar bem longe. Diz não suportar nossa mãe. Na verdade ela nunca suportou. Em sua mente, sempre teve a idéia de um dia internar nossa mãe em um asilo e torrar todo o patrimônio com o seu gigolô. Coitada”.

Durante a leitura, Magda não disse uma palavra e nem ao menos teve a coragem de olhar para Berenice. Quando Lúcia finalizou essa passagem, Magda se levantou em silencio e saiu do escritório.
            - Quanta consideração. – Fala Helena.
            - Com licença! – Fala Sérgio, indo atrás da namorada.
. . . . . . .

Sérgio alcança Magda no jardim da mansão.
            - Espera Magda. – fala Sérgio.
            - Aquele idiota não me deixa em paz mesmo depois de morto.
            - Sua mãe não vai acreditar naquilo. É só você negar.
            - Negar o quê? Dona Berenice sempre teve um pé atrás comigo. Agora então... Quer saber, que se dane tudo isso.
. . . . . . . .

Raul caminha em direção ao portão da mansão e percebe que ele está entreaberto. Ao se aproximar, ele percebe que há um corpo caído no chão. Raul se aproxima e vê que é o corpo de Brito, que está caído no chão com um furo de bala na testa. Raul pega o rádio comunicador e aciona os outros seguranças.
            - Atenção! Alguém atirou no Brito. Provavelmente alguém que está aqui dentro agora. Vasculhem cada canto imediatamente.

. . . . . . . . .
Os primos, Caíque, Danilo, Edgar, Leinha e Eloísa, estão em um dos quartos da mansão.
            - Estou cansada. – Diz Eloísa.
            - Eu também. – Diz Caíque.
            - O que será que os detetives queriam com a tia Leila, tia Magda, o papai e a vovó? – Questiona Leinha.
            - Talvez apenas averiguar alguma coisa sobre o papai. – Fala Edgar.
De repente um homem invade o quarto. Estava armado. Todos se assustam. O homem era Teobaldo.
            - Ninguém abre a boca ou eu mato todos agora. – Fala Teobaldo.
Leinha se abraça em Danilo. Eloísa também se abraça em Danilo, enquanto Caíque fica em estado de choque. Teobaldo fecha a porta e fica apontando a arma para os jovens.
. . . . . . . .

Fontes e Lúcia agora estavam olhando o corpo de Brito, que havia sido assassinado por Teobaldo quando invadiu a mansão.
            - Quem fez isso? – Fala Lúcia.
            - O nome dele é Teobaldo. Vi nas câmeras. Ele está aqui na mansão. – Fala Raul.
. . . . . . . . . .

Berenice estava acompanhada de Alessandra, quando encontrou Magda na varanda da mansão, acompanhada de Sérgio. Magda estava fumando.
            - Já escolheu o asilo em que pretende me trancafiar? – Pergunta Berenice.
            - Vai mesmo acreditar naquele monte de asneira que o meu irmão escreveu naquele computador? Se é mesmo que foi ele quem escreveu. – Fala Magda.
            - Olha dona Berenice, - intercede Sérgio - a Magda ama muito a senhora...
            - Cale a sua boca rapaz. Eu estou falando com a minha filha.
            - Não se exalte Berenice. Olhe sua saúde. – Fala Alessandra fingindo preocupação.
Magda começa a dar risadas. Ela dá uma última tragada e atira o cigarro longe.
            - É muita cara de pau mesmo.
            - Do que está rindo? – Pergunta Berenice.
            - Da sua tolice. Sua ingenuidade. Sua cegueira.
            - Me respeite. Eu ainda sou sua mãe. – Esbraveja Berenice.
            - Ai mamãe, como a senhora pode ser tão trouxa esse tempo todo.
Alessandra fica tensa com o rumo daquela conversa.
            - Eu estou avisando para parar de me ofender.
            - Para com isso Magda. Sua mãe já sofreu muita emoção para um dia só. – Fala Alessandra.
            - Cala sua boca. Aqui você não fala.
            - Não fale assim com a Alessandra. Ela é amiga dessa família a anos. Eu exijo respeito. Ela é quem fica ao meu lado fazendo o que era para ser um serviço seu, de filha. Mas ao invés disso, prefere torrar tudo com esse gigolô aí.
            - Gigolô não, dona Berenice. Posso não ser nenhum ricaço, mas tenho meus princípios. – rebate Sérgio.
            - Deixa Sérgio. Mamãe não sabe o que diz. Ela te acusa de ser um gigolô, mas nem ao menos sabe diferenciar uma puta de uma santa. Essa aí por exemplo, deitou com o meu pai até o fim da vida e mamãe nunca soube de nada.
            - Sua desgraçada, eu te mato. – Fala Alessandra partindo para cima de Magda.
Sérgio intervém e não deixa Alessandra encostar em Magda.
            - Diz que é mentira. Diz. Eu mesma vi vocês muitas vezes. Sempre que o papai ia pescar, lembra mamãe? Ele estava viajando com essa aí. Pronto! Falei.
Alessandra olha para Berenice com ar de súplica.
            - É mentira Berenice. Eu jamais faria isso.
            - Eu não quero te ver mais na minha frente. – Fala Berenice. – Vai embora dessa casa agora.
Berenice esse retira. Alessandra começa a chorar.
            - Acabou a adestração. Rua.
            - Miserável!
Alessandra parte para cima de Magda, que é protegida por Sérgio. Dois seguranças se aproximam. Magda faz sinal para eles.
            - Levem essa mulher daqui. Ela não deveria estar nesta casa.
Os seguranças agarram Alessandra.
            - Me solta. Seus brutos. Eu vou acabar com você Magda. Eu juro que vou te esmagar como um inseto. Você vai se arrepender. Me soltaaaaa...
Magda abraça Sérgio, enquanto faz um asceno de tchau para Alessandra, que é carregada a contragosto pelos seguranças da mansão.

Continua...




            

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