Episódio 3 –
O NINHO DA SERPENTE
24 de
Dezembro de 2015 – 13:45 – tarde
No
jardim da mansão Abrazacks, Rodolfo estava reunido com o chefe de segurança da
mansão, Raul, e o outro segurança particular, Brito. Era um diálogo tenso. Algo
havia acontecido.
- Vigiem cada canto dessa mansão.
Teobaldo é um homem perigoso. Muito esperto e estrategista. Todo cuidado é
pouco. – Fala Rodolfo.
- Eu não entendo como um homem
consegue fugir de um presídio de segurança máxima. – Fala Raul.
- Eu não acredito que essa fuga seja
uma simples falha no sistema. Há algo mais nessa história. Muita gente sabe que
Teobaldo quer as cabeças dessa família em uma bandeja.
- O patrão acha que alguém o ajudou
a escapar? – Pergunta Brito.
- Eu tenho certeza! Só resta saber
quem.
Rodolfo
caminha alguns passos, olhando em volta.
- Mas eu vou descobrir o que está
acontecendo e já. Enquanto isso, fiquem alerta.
- Pode deixar, Patrão. – Fala Raul.
Rodolfo
se afasta. Raul e Brito se olham como se tramasse alguma coisa. Um misto de
mistério e conspiração.
25 de
Dezembro de 2015 – 04:59 da madrugada
O
inspetor Fontes e sua colega de trabalho, Lúcia, reuniram as seguintes pessoas
no escritório da mansão:
Demétrio,
Helena, Leila, Berenice, Magda, acompanhado de seu namorado Sérgio.
Vivian,
a jornalista, e Alessandra, amiga de Berenice, escutavam atrás da porta.
Todos
os presentes estavam curiosos para saber do que se tratava aquela reunião
familiar. Teriam os detetives descoberto o assassino?
- Qual o motivo dessa reunião
familiar delegado? – Pergunta Leila.
- Temos algumas coisas para
discutir. – Fala Fontes.
- Coisas? E que tipo de coisas? –
Pergunta Magda.
- Coisas relacionadas ao
relacionamento da família e alguns pontos interessantes encontrados no
computador pessoal da vítima. – Fala Lúcia.
Demétrio
e Magda se olham.
- E que tipo de coisas os senhores
encontraram? – Pergunta Berenice.
- Inspetora Lúcia, tenha a bondade
de começar. – Fala Fontes.
Lúcia
coloca os óculos de leitura e começa a analisar a tela do leptope.
“Demétrio acha que pode tomar o
controle da empresa das minhas mãos. Papai deixou bem claro no testamento, a
quem pertencia esse controle. Embora ele tente mil coisas para me tirar da
presidência da empresa, ele jamais conseguirá. É preciso muito mais do que
chantagens ou ameaças.”
- Espere um pouco – Interrompe
Demétrio tomado de fúria – Vocês estão achando mesmo que eu fiz isso? É isso
mesmo?
- Por favor, peço que sente-se e
escute. – Fala Lúcia.
- Isso é um absurdo. – Esbraveja
Demétrio enquanto se senta.
- Acalme-se meu amor. Vamos ouvir. –
Fala Helena.
“Magda. Tão ausente quanto o corpo
enterrado de nosso falecido pai. Sempre esteve de olho nos lucros da empresa,
sem ao menos saber o que significa comandá-la. Ganha uma quantia para ficar bem
longe. Diz não suportar nossa mãe. Na verdade ela nunca suportou. Em sua mente,
sempre teve a idéia de um dia internar nossa mãe em um asilo e torrar todo o
patrimônio com o seu gigolô. Coitada”.
Durante
a leitura, Magda não disse uma palavra e nem ao menos teve a coragem de olhar
para Berenice. Quando Lúcia finalizou essa passagem, Magda se levantou em
silencio e saiu do escritório.
- Quanta consideração. – Fala
Helena.
- Com licença! – Fala Sérgio, indo
atrás da namorada.
. . . . . . .
Sérgio
alcança Magda no jardim da mansão.
- Espera Magda. – fala Sérgio.
- Aquele idiota não me deixa em paz
mesmo depois de morto.
- Sua mãe não vai acreditar naquilo.
É só você negar.
- Negar o quê? Dona Berenice sempre
teve um pé atrás comigo. Agora então... Quer saber, que se dane tudo isso.
. . . . . . . .
Raul
caminha em direção ao portão da mansão e percebe que ele está entreaberto. Ao
se aproximar, ele percebe que há um corpo caído no chão. Raul se aproxima e vê
que é o corpo de Brito, que está caído no chão com um furo de bala na testa.
Raul pega o rádio comunicador e aciona os outros seguranças.
- Atenção! Alguém atirou no Brito.
Provavelmente alguém que está aqui dentro agora. Vasculhem cada canto
imediatamente.
. . . . . . . . .
Os
primos, Caíque, Danilo, Edgar, Leinha e Eloísa, estão em um dos quartos da
mansão.
- Estou cansada. – Diz Eloísa.
- Eu também. – Diz Caíque.
- O que será que os detetives
queriam com a tia Leila, tia Magda, o papai e a vovó? – Questiona Leinha.
- Talvez apenas averiguar alguma
coisa sobre o papai. – Fala Edgar.
De
repente um homem invade o quarto. Estava armado. Todos se assustam. O homem era
Teobaldo.
- Ninguém abre a boca ou eu mato
todos agora. – Fala Teobaldo.
Leinha
se abraça em Danilo. Eloísa também se abraça em Danilo, enquanto Caíque fica em
estado de choque. Teobaldo fecha a porta e fica apontando a arma para os
jovens.
. . . . . . . .
Fontes
e Lúcia agora estavam olhando o corpo de Brito, que havia sido assassinado por
Teobaldo quando invadiu a mansão.
- Quem fez isso? – Fala Lúcia.
- O nome dele é Teobaldo. Vi nas
câmeras. Ele está aqui na mansão. – Fala Raul.
. . . . . . . . . .
Berenice
estava acompanhada de Alessandra, quando encontrou Magda na varanda da mansão,
acompanhada de Sérgio. Magda estava fumando.
- Já escolheu o asilo em que
pretende me trancafiar? – Pergunta Berenice.
- Vai mesmo acreditar naquele monte
de asneira que o meu irmão escreveu naquele computador? Se é mesmo que foi ele
quem escreveu. – Fala Magda.
- Olha dona Berenice, - intercede
Sérgio - a Magda ama muito a senhora...
- Cale a sua boca rapaz. Eu estou
falando com a minha filha.
- Não se exalte Berenice. Olhe sua
saúde. – Fala Alessandra fingindo preocupação.
Magda
começa a dar risadas. Ela dá uma última tragada e atira o cigarro longe.
- É muita cara de pau mesmo.
- Do que está rindo? – Pergunta
Berenice.
- Da sua tolice. Sua ingenuidade.
Sua cegueira.
- Me respeite. Eu ainda sou sua mãe.
– Esbraveja Berenice.
- Ai mamãe, como a senhora pode ser
tão trouxa esse tempo todo.
Alessandra
fica tensa com o rumo daquela conversa.
- Eu estou avisando para parar de me
ofender.
- Para com isso Magda. Sua mãe já
sofreu muita emoção para um dia só. – Fala Alessandra.
- Cala sua boca. Aqui você não fala.
- Não fale assim com a Alessandra.
Ela é amiga dessa família a anos. Eu exijo respeito. Ela é quem fica ao meu
lado fazendo o que era para ser um serviço seu, de filha. Mas ao invés disso,
prefere torrar tudo com esse gigolô aí.
- Gigolô não, dona Berenice. Posso
não ser nenhum ricaço, mas tenho meus princípios. – rebate Sérgio.
- Deixa Sérgio. Mamãe não sabe o que
diz. Ela te acusa de ser um gigolô, mas nem ao menos sabe diferenciar uma puta
de uma santa. Essa aí por exemplo, deitou com o meu pai até o fim da vida e
mamãe nunca soube de nada.
- Sua desgraçada, eu te mato. – Fala
Alessandra partindo para cima de Magda.
Sérgio
intervém e não deixa Alessandra encostar em Magda.
- Diz que é mentira. Diz. Eu mesma
vi vocês muitas vezes. Sempre que o papai ia pescar, lembra mamãe? Ele estava
viajando com essa aí. Pronto! Falei.
Alessandra
olha para Berenice com ar de súplica.
- É mentira Berenice. Eu jamais
faria isso.
- Eu não quero te ver mais na minha
frente. – Fala Berenice. – Vai embora dessa casa agora.
Berenice
esse retira. Alessandra começa a chorar.
- Acabou a adestração. Rua.
- Miserável!
Alessandra
parte para cima de Magda, que é protegida por Sérgio. Dois seguranças se
aproximam. Magda faz sinal para eles.
- Levem essa mulher daqui. Ela não
deveria estar nesta casa.
Os
seguranças agarram Alessandra.
- Me solta. Seus brutos. Eu vou
acabar com você Magda. Eu juro que vou te esmagar como um inseto. Você vai se
arrepender. Me soltaaaaa...
Magda
abraça Sérgio, enquanto faz um asceno de tchau para Alessandra, que é carregada
a contragosto pelos seguranças da mansão.
Continua...
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