sábado, 20 de dezembro de 2014

Episódio 4: Diário de uma vida


No dia seguinte, Daniel escuta um belo sermão da mãe, que pela primeira vez se decepcionou com ele.
 — Eu falei para você tomar cuidado e você faz isso?
— Mãe, me desculpa!  Foi a primeira vez que eu bebi daquele jeito.
 — Oh, filho! Isso acontece, mas sinceramente eu espero que seja a primeira e a última vez que você exagera na bebida. Promete - me?
 — Eu prometo! Desculpa – me. Eu não vou beber mais. Eu juro.
 — Você não precisa jurar meu filho. Eu confio em você; só não quero que você entre para esse mundo de bebidas e talvez, até drogas.
 — Tá, bem mãe. Agora eu vou entrar um pouco no facebook.
Daniel vai para seu quarto, liga seu computador, se conecta no facebook e logo em seguida Bruna fica online. Os dois começam a conversar:
 — Oi, Bruna! Tudo bem? Ah, Bruna! Valeu por me aceita aqui no facebook.
 — Tudo bem, mas sou eu quem pergunta. — Como você está?
— Tô com uma ressaca, mas estou bem melhor agora!
 — Que bom! — Você nunca tinha bebido antes?
 — Só socialmente; e ontem eu exagerei, mas me diverti bastante. E você?
 — Sim; eu também me diverti muito.
 — Eu vou sair agora — Tchau! Bruna.
 — Tchau! Beijos.
Daniel desconecta do facebook”, mas não desliga o computador; ele fica escrevendo em seu diário; esse diário que ninguém nunca leu, e que ele não deixa ninguém chegar perto (seu diário é virtual).
Wallace quando está a caminho da casa de Daniel, é surpreendido por Pedrão cobrando o dinheiro das drogas que ele havia vendido para ele. Wallace dá desculpas para Pedrão, que está muito nervoso:
 — Fala cara! Beleza?
 — Seu otário!Que beleza o quê! Eu quero meu dinheiro, e quero agora, se não você não vai sair daqui vivo, não.
 —“ Peraí”, cara! Eu vou arrumar o seu dinheiro.
Nisso Pedrão pega- o pelo pescoço e vai esforcando Wallace, que tenta escapar, mas Pedrão é mais forte e ele não consegue escapar. Então Pedrão dá uma surra em Wallace e o deixa caído na calçada, perto da casa de Daniel, que sai para jogar o lixo fora e vê Wallace todo machucado; Daniel logo chama sua mãe, que sai rapidamente para vê o que estava acontecendo, e eles o pegam pelos braços e o levam para dentro. Dona Laura pega gelo para ele colocar no rosto e pergunta a ele o que havia acontecido; — Nossa! Que menino pesado! Vamos deitar ele aqui no sofá, Daniel.
 — Pronto! Agora fala o que aconteceu?Você consegue falar, Wallace?
 — Sim; eu estou conseguindo falar; eu estava vindo pra cá e do nada um cara partiu pra cima de mim e disse que eu tinha mexido com a namorada dele outro dia; foi isso que aconteceu.
 — E você mexeu mesmo com a namorada dele?
 — Se mexi, nem me lembro; talvez eu tenha mexido. Eu posso ter mexido quando estava bêbado, quem sabe.
 — Oh, Wallace! Ou você toma jeito ou eu não vou querer que você venha mais aqui; e nem que o Daniel fique andando com você.
 — Mãe!
 — Tudo bem! Daniel, sua mãe tem toda razão; eu não vou mais mexer com ninguém.
Wallace inventa essa história que tinha havia mexido com a namorada do cara e Dona Laura e Daniel inocente acredita e não insistem mais no caso. Mas Camila vai até a casa de Daniel, e chegando lá encontra Wallace todo machucado;
 — O que aconteceu com você? Um caminhão passou por cima de você?  — pergunta Camila.
 — Ah! Muito engraçada você, Camila. Eu apanhei tá — Wallace sem humor para a situação.
 — É verdade; ele apanhou muito.
— E apanhou por quê?
Eles contam a história e Camila como conhece muito bem Wallace não acredita nem um pouco na história e fica com uma ruguinha de desconfiança.
— Foi isso mesmo, Wallace?
 — O que há com você? — Eu falei que foi, é porque realmente foi.
 — E o que mais seria Camila? Wallace rindo todo inocente.
— Deixa pra lá. Ah Daniel, depois quero falar com você!
— Pode falar na minha frente Camila — citou Wallace.
 — O que está havendo aqui?
 — Gente, não é nada demais; é um recado para o Daniel. Só isso.
Mais tarde quando Wallace já tinha indo embora, Camila que havia saído com ele volta á casa de Daniel para conversar com ele sobre o Wallace; no quarto eles conversam:
 — O que você está fazendo aí no computador, Daniel?
 — Nada demais; só estou lendo meus e-mails e acessando o “facebook”.
 — Vim falar sobre o Wallace.
 — O que tem ele?
 — Eu acho que ele apanhou por outro motivo, sabia?
 — Nossa! Você não tirou isso da cabeça ainda?
 — Eu acho que ele está se envolvendo com drogas e acho que foi por isso que ele levou aquela surra.
 — O que?! É claro que não! O Wallace pode até ser um pouco abusado, chato ás vezes, mas daí se envolver com drogas...
 — Se afasta um pouco dele, e se não for nada disso, aí você se aproxima dele novamente.
— Eu não posso fazer isso com ele; ele é meu melhor amigo. Se ele estiver mesmo se envolvendo com coisas erradas, eu tenho é que ficar do lado dele e tentar tirá-lo disso. Você não acha?

 — Sim. Mas você é muito ingênuo, e pode acabar muito mal ao tentar ajudá-lo.
 — Valeu mesmo pela preocupação comigo, mas eu sei me cuidar; fica tranquila tá?
 — Bom! Você é quem sabe.

Eles dão um beijo no rosto e Camila vai embora, pois já está de noite. Daniel fica ali em seu quarto agarrado no computador e conectado no facebook, mas por pouco tempo, pois quem ele queria que estivesse online, não estava.

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