sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Episódio 7: Diário de uma vida


O prazo para Daniel e Wallace pagar Pedrão chega, mas eles não têm o dinheiro. Pedrão sugere que eles peguem algo de valor em casa, e levem para ele, se não ele mesmo vai pegar na casa de cada um deles. Daniel que não está muito acostumado com o modo como Pedrão age com seus devedores, diz que não pode pegar nada em casa, e logo leva umas pancadas de Pedrão, que ameaça ir ele mesmo na casa de Daniel, pegar algo de valor. Wallace pergunta a Daniel:
— Mas cara, e o dinheiro do seu trabalho?
— “Pô”! Eu parei de ir ao trabalho, e nem fui pegar meu dinheiro. Agora acho que já era!
— Já sei! Fala que sua mãe teve uma recaída, e ficou doente de novo; aí eles deixam você voltar para o serviço.
— É isso mesmo, que eu vou fazer.
— Pronto! Então, tudo resolvido! Amanhã eu procuro vocês, para pegar meu dinheiro e sem falta. Viu gracinhas?! Se não vocês já sabem, né?
— Não. Nós procuramos você, e te entregamos o dinheiro; é melhor.
— Muito melhor; ninguém pode nos ver juntos.
Daniel volta para casa e Dona Laura pergunta onde ele estava. Agora toda vez que sua mãe quer conversar ou saber da sua rotina, fica amedrontada, pois o mesmo só a trata com ignorância e aos gritos. Daniel vai para o quarto e deixa sua mãe na sala, falando sozinha; ele liga o computador e começa a escrever em seu diário, e nem entra em seu facebook. Depois ele vai até a loja de calçados e pede seu emprego de volta e como a dona da loja é boa, o aceito de volta, mas Daniel não satisfeito, rouba o caixa, quando ela dá uma saidinha e não volta mais na loja e com a quantia que ele roubou. Ele paga a Pedrão e ainda compra mais drogas.  Dessa vez, uma boa quantidade e paga também a dívida de Wallace; os dois vão para um lugar mais deserto para se drogar e não voltam para casa. Daniel e Wallace ficam três dias fora de casa. Dona Laura chega chamar a polícia para encontrar seu filho, mas a polícia não consegue encontrá-lo. Dona Laura, Bruna e Camila saem para procurar Daniel e Wallace; e depois de várias horas, elas o encontram sujo, fedendo, e com os olhos inchados, numa rodovia deitados em papelões, com outros viciados. Daniel e Wallace não querem voltar para casa, mas elas os convencem e eles vão com elas. Em casa Dona Laura leva Daniel para o banheiro e dá um banho gelado nele, que aos poucos, vai voltando a si. Bruna fica e espera ele melhorar para conversar com ele. Dona Laura pede para Bruna ir para o quarto, que Daniel já está bem melhor, para eles conversarem. Bruna entra no quarto e Daniel não quer que ela o veja assim de ressaca e abatido.
— Oi, Dani! Eu fiquei para conversar um pouco com você.
— Eu não quero que você me veja assim, um perdedor. Um ninguém! Vai embora, por favor.
— Eu não vou sair, enquanto eu não entender o porquê de você estar fazendo isso, com sua vida.
— Eu só queria ser mais descolado e agora que eu sou, não é isso que vocês queriam. Você, minha mãe, o Wallace e até a Camila, viviam me perturbando para eu sair mais.
— Sim, Daniel, mas para mudar não precisa se drogar não, tem que mudar pra melhor e não estragar sua vida.
— Volta pra mim e você pode me ajudar a sair dessa.
— Eu gosto de você, mas você tem que lutar por você e é claro que eu vou te ajudar, mas como amiga.
— Com você aqui do meu lado, eu vou melhorar; eu sei que vou.
Bruna se despede de Daniel e vai para a sala conversar com Dona Laura, que está sentada fazendo crochê. Bruna diz que tem que internar Daniel, o quanto antes.
— Eu estava conversando com o Daniel, Dona Laura.  A senhora tem que interná- lo.
— Eu já pensei nisso, mas eu não sei; acho melhor eu cuidar dele aqui em casa mesmo.
— A senhora é quem sabe, mas uma clínica será muito melhor.
Nisso Daniel chega à porta e ouve a conversa entre as duas; ele volta para o quarto e foge pela janela. Caminhando pelas ruas, Daniel encontra Pedrão, que o leva para a boca de fumo. Em casa, Dona Laura resolve interná- lo e vai com Bruna até o quarto de Daniel e chegando lá, ele já havia ido embora. Ela entra em desespero e sai à sua procura, junto com Bruna, elas ficam até á noite procurando por ele, e não o encontra. Passa se três meses, e nada de Daniel aparecer. Esse tempo todo que ele fica desaparecido, Dona Laura conta sempre com a ajuda de Bruna, para procurá- lo. Elas vão a hospitais,clínicas e nada. Daniel ainda está na boca de fumo; então Wallace vai para comprar drogas e vê ele lá, já com uma aparência esquelética, sujo e com os dentes podres quase irreconhecível. Wallace chega mais perto, e sim é ele mesmo Daniel que não o reconhece, Wallace fica surpreso, pois, ele também usa drogas e não está do jeito que Daniel. Pedrão explica para Wallace que Daniel já está usando craque e não tem mais como ele parar, pois o vicio do craque é difícil e destruidor.
— “Pô”, Pedrão! Deixa- me levar o cara para casa? Sua mãe está sofrendo, com o desaparecimento dele.
— Pode levar! Ele não vai fazer falta aqui mesmo! Leva!
Wallace se sentindo muito culpado, pega Daniel pelo braço e diz:
                    Vamos, meu amigo!Eu vou te levar prá sua mãe.
Mas Daniel não quer ir, e tenta agredi-lo, mas Wallace não desiste e agarra o pescoço dele, e segura bem forte. E assim, ele consegue levá-lo até o carro que ele havia roubado, e se vão... Quando Dona Laura vê Daniel, começa a chorar sem parar; ela o abraça e diz:
— Eu nunca mais vou deixar você escapar do alcance dos meus olhos; nunca mais.
Daniel tenta agredir a mãe; ele a empurra e ela cai no chão, mas ela não desiste do filho, e dá um abraço bem apertado nele. Por um momento, Daniel sente o carinho da mãe, mas por pouco tempo, pois ele logo depois, tenta fugir, mas Wallace o segura e Dona Laura, sem escolhas, liga para a clínica e eles vem pegá-lo  para interná lo. Com muita dor no coração, ela consegue interná-lo e Dona Laura vai junto com ele, e fica o tempo todo na clínica com Daniel. Dona Laura pensa como foi que Daniel chegou a esse ponto e sentada do lado da cama, onde ele está amarrado, ela pensa como era Daniel antes de se envolver com as drogas e as lágrimas vão caindo e molhando os lençóis. Pela manhã Camila, Wallace e Bruna vão visitá- lo na clínica, mas são impedidos pela médica responsável pelo caso de Daniel, que está muito mal, e não pode receber visitas, a não ser da família. Nisso, Daniel fica apenas dois meses internado; com a liberação da médica, ele volta para casa. À primeira vista, Daniel parece que se recuperou, mas ainda com uma aparência fraca e os dentes nada bonitos. Mas nem tudo que parece, é. Em casa, Daniel bem mais calmo e relaxado, recebe a visita de Camila e Bruna, as quais vão até seu quarto e conversam bastante com ele.
— Oi, Daniel! Você está com uma aparência muito boa,
— Obrigado por vir me visitar.
— Amigos são para essas coisas.
— E o Wallace, não vai vir?
— “É melhor não,” né?”– cita Bruna”.
— Tudo bem! — É melhor mesmo, mas como ele tá?
— Ele tá bem, Daniel. Até parou um pouco com as drogas...
— Gente, vamos mudar de assunto, né? Fala aí, Daniel: o que você tanto escreve nesse seu diário ai?
— Não é nada demais.
— Bom, foi muito bom te vê, mas agora eu tenho que ir, tchau!
— Eu também vou.
— Bruna! Fica aqui comigo mais um pouco?
— Tá bem; eu vou ficar mais um pouco, pode ir Camila; tchau.
— Tá legal. Tchau, Até mais.

Bruna fica ali no quarto com Daniel, e eles têm uma recaída e ficam juntos novamente, se beijam e transam. Daniel e Bruna então resolvem namorar e dá uma segunda chance para o amor. Bruna faz Daniel prometer que nunca mais vai voltar usar drogas e ele promete, promete também não ficar andando com o Wallace, que é uma má companhia. Dona Laura fica feliz por eles terem voltado. Já Wallace quando fica sabendo, não fica muito contente, pois já sabe que vai ser difícil eles saírem para usar drogas, agora que Daniel voltou a namorar com Bruna e também por que ele tem uma paixão platônica por ela. Daniel e Bruna estão muito felizes e fazem planos para o futuro, eles começam a rotina de antes e vão ao cinema, shopping. Mas Daniel começa a achar isso muito chato, só sair para cinema e essas coisas de casais e ele fica muito agitado e uma noite, ele some e deixa todos preocupados.

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